
O que é certo para uns pode não o ser para outros e vice-versa. Entretanto, sem que se perca de vista essas variações pessoais, parece-me que existem algumas coisas em que a maioria, senão todas as pessoas, estão de acordo. Creio que todos concordamos em muitos casos sobre o que é certo ou errado, o que é ou não educado, civilizado, sobre o que deve ou não ser ensinado aos filhos.
Alguns exemplos:
- sentar-se no único lugar disponível, deixando um senhor de idade de pé numa festa, numa viagem ou numa reunião;
- tentar passar à frente ou “furar” filas em parques de diversões, cinemas, teatros;
- usar meios fraudulentos para conseguir o que deseja, como bons resultados numa prova, ascensão na carreira, promoção pessoal, etc;
- usar objetos, roupas ou quaisquer outras coisas de uma pessoa sem lhe pedir consentimento;
- viver de acordo com a famosa “lei de Gerson”, ou, seja, tentar tirar para si vantagem de todas as situações, em detrimento dos demais;
- ver cair a carteira de uma pessoa no chão e não avisar ou pegar para devolver.
Poderia listar muitos e muitos outros. Vale a pena analisar alguns aspectos:
É fácil perceber que nos exemplos acima temos alguns menos graves e outros que, imediatamente, consideramos mais graves. Ultimamente há uma grande permissividade por parte dos pais no que diz respeito às faltas menos graves. Como se estas, por serem pequenas, não carecessem de atenção, não tivessem significado e conseqüências. Muitos pais dizem: “Mas ele é ainda pequeno, não entende”.
Mas é preciso compreender: é a partir dessas pequenas coisas, desses pequenos atos de civilidade que inculcamos nos nossos filhos, que eles começam a aprender a respeitar o espaço do outro, o direito do outro, o OUTRO, enfim. Começam a ver os outros como seu semelhante com os mesmos direitos que eles. Porque, se formos pensar um pouquinho, perceberemos que tudo que faz com que a vida seja mais gostosa e prazerosa está ligado aos pequenos atos do dia-a-dia, pelo respeito que damos ao outro e que nos faz sentir GENTE.
Muitas vezes os próprios pais incentivam os filhos a “serem espertinhos”, passando outros para trás. E o pior de tudo é que esses pais nem por um momento pensam no exemplo terrível que estão dando aos filhos.
Portanto, qual é o momento certo para dizer “não”, existe um momento certo?
Sim: sempre que percebemos que nossos filhos ainda não interiorizaram certas normas de convívio social que revelam a apreensão dos conceitos de civilidade, respeito ao próximo, honestidade.
Além disso, é preciso considerar que a criança é hedonista por natureza, isto é, ela busca espontaneamente aquilo que lhe dá prazer, que satisfaz seus desejos, curiosidade, necessidades. Sendo assim, dificilmente ela pensará, por si só, no outro, mesmo porque ela ainda não tem essa capacidade de sentir COM OUTRO (EMPATIA).
Toda criança (e mesmo o jovem) é naturalmente egocêntrica, sendo incapaz de pensar ou SENTIR PELO OUTRO. Os pais têm que, pouco a pouco, mostra-lhes essa realidade: que as outras pessoas também têm sentimentos, necessidades, direitos.
As pequenas gentilezas não são na realidade apenas gentilezas: são indícios do respeito pelo outro, da percepção de sua existência.
O momento certo, a “pista” para os pais dizerem “não” a determinados comportamentos, é exatamente aquele em que a criança, pela sua própria condição, demonstra não ver, não sentir, não perceber certas regras. Nós, no nosso papel de adultos, devemos, com paciência, determinação e uma grande capacidade de repetir a mesma coisa tantas vezes quantas forem necessárias, fazer nossos filhos começarem a, paulatinamente, lembrar e perceber esse tipo de situação. Não é fácil? Certamente que não. É cansativo? Certamente que sim. Vale a pena? Com toda certeza, SIM. VALE MUITO A PENA. Mesmo quando encontramos outros pais que não interferem, que não ensinam nem mostram essas coisas aos seus filhos, não devemos seguir o exemplo deles.
Fonte: Educar Sem Culpa por Tania Zagury
Alguns exemplos:
- sentar-se no único lugar disponível, deixando um senhor de idade de pé numa festa, numa viagem ou numa reunião;
- tentar passar à frente ou “furar” filas em parques de diversões, cinemas, teatros;
- usar meios fraudulentos para conseguir o que deseja, como bons resultados numa prova, ascensão na carreira, promoção pessoal, etc;
- usar objetos, roupas ou quaisquer outras coisas de uma pessoa sem lhe pedir consentimento;
- viver de acordo com a famosa “lei de Gerson”, ou, seja, tentar tirar para si vantagem de todas as situações, em detrimento dos demais;
- ver cair a carteira de uma pessoa no chão e não avisar ou pegar para devolver.
Poderia listar muitos e muitos outros. Vale a pena analisar alguns aspectos:
É fácil perceber que nos exemplos acima temos alguns menos graves e outros que, imediatamente, consideramos mais graves. Ultimamente há uma grande permissividade por parte dos pais no que diz respeito às faltas menos graves. Como se estas, por serem pequenas, não carecessem de atenção, não tivessem significado e conseqüências. Muitos pais dizem: “Mas ele é ainda pequeno, não entende”.
Mas é preciso compreender: é a partir dessas pequenas coisas, desses pequenos atos de civilidade que inculcamos nos nossos filhos, que eles começam a aprender a respeitar o espaço do outro, o direito do outro, o OUTRO, enfim. Começam a ver os outros como seu semelhante com os mesmos direitos que eles. Porque, se formos pensar um pouquinho, perceberemos que tudo que faz com que a vida seja mais gostosa e prazerosa está ligado aos pequenos atos do dia-a-dia, pelo respeito que damos ao outro e que nos faz sentir GENTE.
Muitas vezes os próprios pais incentivam os filhos a “serem espertinhos”, passando outros para trás. E o pior de tudo é que esses pais nem por um momento pensam no exemplo terrível que estão dando aos filhos.
Portanto, qual é o momento certo para dizer “não”, existe um momento certo?
Sim: sempre que percebemos que nossos filhos ainda não interiorizaram certas normas de convívio social que revelam a apreensão dos conceitos de civilidade, respeito ao próximo, honestidade.
Além disso, é preciso considerar que a criança é hedonista por natureza, isto é, ela busca espontaneamente aquilo que lhe dá prazer, que satisfaz seus desejos, curiosidade, necessidades. Sendo assim, dificilmente ela pensará, por si só, no outro, mesmo porque ela ainda não tem essa capacidade de sentir COM OUTRO (EMPATIA).
Toda criança (e mesmo o jovem) é naturalmente egocêntrica, sendo incapaz de pensar ou SENTIR PELO OUTRO. Os pais têm que, pouco a pouco, mostra-lhes essa realidade: que as outras pessoas também têm sentimentos, necessidades, direitos.
As pequenas gentilezas não são na realidade apenas gentilezas: são indícios do respeito pelo outro, da percepção de sua existência.
O momento certo, a “pista” para os pais dizerem “não” a determinados comportamentos, é exatamente aquele em que a criança, pela sua própria condição, demonstra não ver, não sentir, não perceber certas regras. Nós, no nosso papel de adultos, devemos, com paciência, determinação e uma grande capacidade de repetir a mesma coisa tantas vezes quantas forem necessárias, fazer nossos filhos começarem a, paulatinamente, lembrar e perceber esse tipo de situação. Não é fácil? Certamente que não. É cansativo? Certamente que sim. Vale a pena? Com toda certeza, SIM. VALE MUITO A PENA. Mesmo quando encontramos outros pais que não interferem, que não ensinam nem mostram essas coisas aos seus filhos, não devemos seguir o exemplo deles.
Fonte: Educar Sem Culpa por Tania Zagury
Comentários