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Abuso psicológico é tão prejudicial quanto abuso físico

(Fonte: Site Hypescience)




Pediatras e psicólogos alertam: não é porque um pai não bate nem abusa sexualmente de seu filho que é o melhor cidadão do mundo. O abuso psicológico ou emocional pode ser o tipo mais comum de abuso infantil, e o mais difícil de lidar.
É muito comum ouvir falar de campanhas contra abusos físicos ou sexuais de crianças. Aliás, bastantes pesquisas já mostraram que bater para educar pode não ser uma boa ideia, já que pode trazer diversos problemas psicológicos para as crianças agredidas, inclusive aumento do risco de desenvolver transtornos mentais. Além dos riscos de depressão, ansiedade e vícios, estudos indicam que bater não tem efeito positivo na educação.
Nem é preciso dizer que o abuso sexual é ainda pior para a saúde mental das crianças. A violência e o trauma de um abuso sexual são devastadores para ambos os sexos, mas os homens podem até ter mais dificuldade em se recuperar, por conta de seu “senso de masculinidade”.
Mas se existe algo que merece destaque nos últimos anos é o abuso emocional, especialmente na forma do bullying. Segundo os pediatras, o abuso psicológico, especialmente por parte dos pais, raramente recebe o mesmo tipo de atenção de outros abusos, o que é um erro, porque além de serem tão ou mais comuns, são igualmente prejudiciais.

Como identificar o abuso emocional?

O maior problema em combater o abuso emocional é que ele é muito difícil de identificar. Como diferenciar uma família em um “mau dia”, no qual a criança estava precisando de uma bronca, de uma família que abusa psicologicamente constantemente de seus membros?
“Quando falamos de abuso emocional, estamos falando de probabilidade alta de danos, decorrente dos tipos de comportamento que fazem a criança sentir-se inútil, desprezada ou indesejada”, explica Harriet MacMillan, um dos três pediatras envolvidos no estudo publicado no jornal Pediatrics.
Maus-tratos psicológicos podem incluir aterrorizar a criança, menosprezá-la ou negligenciá-la. No entanto, é preciso diferenciar qualquer evento específico da natureza da relação entre o cuidador e a criança.
Por exemplo, manter uma criança em um estado constante de medo é abuso. “Corromper uma criança” – incentivá-la a usar drogas ilícitas ou se engajar em outras atividades ilegais – também. Já perder a calma e gritar uma vez, ou deixar a criança em seu quarto por uma hora quando ela bateu em seu irmão caçula não constituem abuso.
Quem se lembra do filme “Matilda” ou “Matilde”, de 1996? O famoso enredo conta a história de uma garota muito inteligente, ávida por conhecimento. Seus pais, porém, não são muito interessados na garota; a negligenciam completamente. Ela acaba frequentando uma escola dirigida por uma diretora absolutamente cruel e autoritária, mas é protegida pela professora Honey (“Srta. Mel”), que adora a garota.
O filme ainda conta com elementos mágicos e um final feliz, mas a história é um bom exemplo de abuso psicológico de crianças por parte de autoridades (os pais e a diretora). Matilde era sempre deixada sozinha em casa, seus pais a desprezavam completamente, e, na escola, a diretora mantinha todas as crianças em um estado constante de medo, aterrorizando a pequena genia em especial.

O que fazer nesse caso?

Uma série de pesquisas norte-americanas descobriu que mais adultos afirmam ter enfrentado maus tratos psicológicos do que qualquer outra forma de abuso na infância. Isto sugere que os maus tratos psicológicos podem ser a forma mais comum de abuso infantil.
Os pediatras recomendam que todas as figuras responsáveis próximas a uma criança sejam sensíveis aos sinais de maus tratos emocionais, que podem ser os mesmos sinais de abuso sexual ou físico, como a criança se isolar, se tornar agressiva, ter dificuldade de relacionamento, demonstrar medo de ficar perto de tal adulto ou de adultos, demonstrar vontade de não voltar para casa, depressão, problemas com sono, rebeldia, etc.
Também, os pediatras acreditam que intervenções deveriam ser consideradas em caso de abuso psicológico, e não apenas físico ou sexual, pois as crianças expostas a maus tratos psicológicos também podem exigir um nível de proteção como a remoção da casa dos pais. Esse, aliás, é um dos finais felizes de Matilde, já que a garotinha ganha o direito de morar com a pessoa que lhe cuida verdadeiramente, a professora Honey.

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