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Bueiros Abertos e Pecados Repentinos

Tudo acontece rapidamente. Num minuto, você está andando tranqüilamente e, no outro, está caído com os olhos arregalados. Satanás abre a tampa do bueiro e uma tarde tranqüila se transforma numa história de horror. Você cai, ciente de que caiu, mas incapaz de controlar a situação. Bate o rosto no fundo do poço e fica perdido na escuridão. Inala a podridão do maligno e senta-se na sarjeta de Satanás até que ele o cuspa em direção à calçada, confuso e aturdido.
Este é o padrão do pecado repentino. Você se identifica com isso? Ele é o mestre do alçapão e autor dos momentos de fraqueza. Espreita até o momento em que você está de costas. Ele não tem integridade para pedir-lhe que se prepare e levante a guarda. Ele joga sujo. Então, aponta os dardos para o seu ponto mais fraco e...

Na mosca! Você perde a calma, cobiça, Cai e se arrasta. Toma uma bebida, beija uma mulher. Seque a multidão. Racionaliza. Diz “sim”. Assina o seu nome. Esquece-se de quem você é. Entra no quarto dela, olha pela janela, quebra sua promessa. Compra a revista, mente, deseja. Bate o pé e segue seu próprio caminho. Você nega seu Mestre.

É Davi desnudando Bate-Seba. É Adão aceitando o fruto das mãos de Eva. É Abraão mentindo acerca de Sara. É Pedro negando que conhecia Jesus. É Noé, bêbado e nu em sua tenda. É Ló, deitando-se com suas próprias filhas. É o seu pior pesadelo. É repentino. É pecado.

Satanás anula nossa consciência e provoca curto-circuito em nosso autocontrole. Sabemos o que estamos fazendo e, ainda assim, não acreditamos que estamos fazendo aquilo. No meio do nevoeiro da fraqueza, temos o desejo de parar, mas não encontramos forças para fazê-lo. Queremos nos virar, mas nossos pés não se movem. Queremos correr, mas, infelizmente, também queremos ficar.

É o adolescente no banco de trás do carro. É o alcoólatra tomando “apenas mais uma”. É o chefe tocando as mãos da secretária. O marido entrando na sex shop. A mãe perdendo a paciência. O pai batendo no filho. O jogador perdendo dinheiro nas apostas. O crente perdendo o controle. E Satanás firmando o pé.

Confusão, culpa, racionalização, desespero. É tudo isso. Coisas que batem forte. De repente, nos vemos cambaleando e dizendo: “D’us, o que foi que eu fiz? Devo contar a alguém? Nunca mais farei isso. Meu D’us, o Senhor pode me perdoar?”.

Ninguém que esteja lendo estas palavras está livre da tragédia do pecado repentino. Ninguém está imune a esta armadilha de perdição. Este demônio dos infernos pode escalar a mais alta parede do mosteiro, penetrar na fé mais profunda e execrar o lar mais puro.

Alguns de vocês sabem exatamente do que estou falando. Vocês poderiam descrever isto em palavras melhores que as minhas, não? Alguns de vocês, como eu, caem tão freqüentemente que começa a pensar que o poço de misericórdia pode secar.

Quer aguçar suas defesas um pouco mais? Precisa de ajuda para reforçar sua artilharia? Já caiu no bueiro um número suficiente de vezes? Então considere as idéias a seguir.

Primeiramente, reconheça Satanás. Nossa guerra não é contra a carne e o sangue, mas contra o próprio Satanás. Faça como Jesus fez quando Satanás o tentou no deserto. Chame o pelo nome. Arranque sua máscara. Denuncie seu disfarce. Ele aparece nos trajes mais inocentes: uma com os amigos, um bom livro, um file popular, uma vizinha bonita.

Mas não deixe que ele o faça de bobo! Quando o desejo de pecar mostrar sua face horrível, olhe diretamente nos olhos dele e diga com firmeza: “Para trás, Satanás!”. “Desta vez não, seu cão dos infernos! Já caminhei por seus becos malcheirosos antes. Volte para a cova de onde você veio.” Não importa o que acontecer, não flerte com este anjo caído. Ele vai moê-lo como trigo.

Segundo, aceite o perdão de Deus. Romanos 7 é a carta de alforria para aqueles que apresentam uma tendência a cair. Veja o versículo 15: “ Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro, e, sim, o que detesto”.

Parece familiar? Continue lendo. Versículo 18 e 19. “Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum pois o querer o bem está em mim; não, porém o efetuá-lo. Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço”. Olha só, Paulo andou lendo meu diário! “Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?” (v.24).

Agradeça a Deus e beba profundamente de sua palavra enquanto lê os versículos 25 e 1 do capítulo 8: “Graças a D’us por Jesus Cristo, nosso Senhor. De maneira que eu, de mim mesmo, com a mente sou escravo da lei de D’us, mas, segundo a carne, da lei do pecado. Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.”

Amém. Aqui está. Você leu direito. Não existe condenação para aqueles que estão em Cristo. Absolutamente nenhuma. Busque a promessa. Memorize as palavras. Aceite a limpeza. Jogue a culpa fora. Louve a D’us e... esteja atento aos bueiros abertos.

Extraído de On the Anvil, de Max Lucado. Copyright1995 de Max Lucado.

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