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Festa e Fome

Durante o reinado da rainha Vitória, o Reino Unido estava mergulhado até o pescoço na verdade bíblica. Um banquete suntuosos era servido todos os domingos – dia do Senhor – e ninguém precisava temer a fome. Jamais alguém chorou a falta de alimento espiritual. Eis o porque:

• Charles Haddon Spurgeon brandia a Espada no Tabernáculo Metropolitano de Londres.
• Não muito longe dali, uma congregação de 3.000 crentes do City Temple estava sendo alimentada, havia 33 anos, pelo ministério de Joseph Parker.
• O piedoso F. B. Meyer conduzia o povo a uma comunhão mais íntima e mais significativa com Deus.
• William Booth trovejava contra os pecados da cidade.
• C. H. Liddon estava firme na Igreja de S. Paulo.
• O Dr. Alexander MacLaren pregava os mais belos sermões expositivos da história da igreja.
• R. W. Dale estava em Birmingham e completava 66 anos na Rua Carr. Dois anos antes de sua morte, G. Campbell Morgan iniciou seu pastorado ali perto, na igreja da Rua Westminster (congregacional), na mesma cidade.
• Por essa época, Alexander Whyte era co-pastor, ao lado do famoso Robert Candlish, na Igreja Livre de S. Jorge, em Edinburgo. Posteriormente, veio a suceder seu piedoso mentor, permanecendo 47 anos na mesma igreja, ministrando a vários milhares de santos escoceses.
• E não deveríamos esquecer-nos das visitas bastante freqüente do evangelista americano, Dwight L. Moody, que pregou em pelo menos uma dúzia de cidades da Grã-Bretanha, durante esse mesmo espantoso período de tempo.

Que tempo extraordinário esse! Havia gigantes na terra, naqueles dias, e seu vulto colossal lançava uma sucessão de sombras impressionantes por todo o país, pela mensagem da cristandade, como jamais se fez em qualquer outra era da ilustre história das Ilhas Britânicas. Eles personificavam a segunda estrofe daquele grandioso hino evangelísitco, escrito naqueles dias:

Como exército poderoso,
Marcha a igreja de Deus...

Entretanto, abafou-se a cadência, depois. Aquele exército, outrora poderoso, feito de soldados valorosos e cheios de vigor, parece agora estranhamente reduzido a meros esquadrões, espalhados por aí... uns poucos franco-atiradores. Onde está, hoje, aquela longa listas de igrejas invencíveis, desafiadoras? Quantas delas estão agora engajadas no mesmo compromisso de equipar os santos para o ministério, mediante um púlpito que prega solidamente a Bíblia, e uma Escola Dominical igualmente forte, que equilibra a necessária ênfase na aplicação e no discipulado?
Será que estou parecendo severo demais? Negativo demais? Muito bem, façamos um teste simples, de quatro perguntas:
1 – Quantas igrejas capazes de exercer influencia você é capaz de relacionar, no Brasil, conhecidas pela sua dinâmica bíblica – igrejas onde você ficaria bem alimentado, adequadamente desafiado, “equipado” de verdade?
2 – Entre seus amigos que mudaram de sua cidade, para outras áreas de nosso país, quantos deles estão entusiasmados, sadios, crescendo espiritualmente, graças a uma boa igreja?
3 – Qual é a maior necessidade que continua a existir, no seio dos seminários evangélicos, segundo os que planejam ingressar no pastorado?
4 – Quantos jovens você consegue arrolar que estão prosseguindo no ministério pastoral com entusiasmo, certeza, tendo o coração entregue ao Senhor, e um compromisso de pregar biblicamente, expositivamente? Dezoito? Dez? Sete? Três?

Não é exagero afirmar que existe uma fome entre nós – o pior tipo de fome que se possa imaginar. Fome desconhecida da rainha Vitória e de seus súditos e convivas de banquete. Fome que Amós conhecia – e muito bem. Esse velho profeta tinha a todos nós em mente, e não a Grã-Bretanha do século dezenove, quando registrou estas palavras pungentes:

“Vem dias, diz o Senhor Deus, em que enviarei fome sobre a terra, não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do Senhor. Andarão errantes de mar a mar, e do norte até o oriente; correrão por toda parte, buscando a palavra do Senhor, e não a acharão.”
(Amós 8:11-12)

Leia estas palavras vagarosamente. Leia-as em voz alta, brasileiro, americano, inglês! Leia-as, e chore.

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