Sete vantagens da convivência
em família
Apoio ajuda desde o combate à
obesidade até abandono de vícios
POR CAROLINA GONÇALVES
O Dia Nacional da Família,
comemorado neste 8 de dezembro, lembra o quanto esse laço é importante em
nossas vidas. Com a família ao
nosso lado, sentimos que somos capazes de fazer muito mais do que se
estivéssemos sozinhos - e isso não é só impressão. Várias pesquisas estão aí
para comprovar a força que a companhia dos familiares, ou mesmo a dos amigos -
aquela família que escolhemos ter - têm sobre tudo o que fazemos. Confira:
Um estudo feito pela Universidade Harokopio, na Grécia, avaliou mais de mil
crianças e comprovou que aquelas que comiam à mesa com os pais eram mais
saudáveis do que as crianças que não tinham esse hábito. Os pesquisadores
destacaram que as famílias que fazem as refeições unidas têm o hábito de
cozinhar mais em vez de comer lanches, deixando a dieta mais rica.
Outra pesquisa, feita pela University College London, no Reino Unido, analisou a família e o comportamento de mais de sete mil crianças e adolescentes e concluiu que crianças com pais mais magros têm três vezes mais chances de serem magras do que aquelas com pais acima do peso. Essa relação se dá primeiro pela genética, e em segundo lugar pelos hábitos alimentares, que podem ser passados "de pais para filhos" - ou seja, família unida pode emagrecer unida.
Outra pesquisa, feita pela University College London, no Reino Unido, analisou a família e o comportamento de mais de sete mil crianças e adolescentes e concluiu que crianças com pais mais magros têm três vezes mais chances de serem magras do que aquelas com pais acima do peso. Essa relação se dá primeiro pela genética, e em segundo lugar pelos hábitos alimentares, que podem ser passados "de pais para filhos" - ou seja, família unida pode emagrecer unida.
Um estudo publicado no Journal of the American Medical Association, feito com
675 crianças, comprova que brincadeiras entre pai e filho ajudam no desenvolvimento
da criança e influenciam o rendimento escolar. Os pesquisadores afirmam que
fazer jogos de leitura e brincadeiras educativas com os filhos melhoram o
raciocínio lógico das crianças, fazendo com que o rendimento escolar também
aumente.
Recuperação mais rápida de
pacientes
Uma pesquisa publicada na Journal of the American Heart Association afirma que
pacientes vítimas de um AVC recuperam as habilidades perdidas ou prejudicadas
com mais facilidade se recebem ajuda dos membros da família.
Os pacientes com AVC foram ajudados por membros da família a fazer exercícios para melhorar a função das pernas durante 35 minutos diariamente, sete dias por semana. Ao final de três meses, os pesquisadores avaliaram o resultado decorrente do tratamento e descobriram que o tempo em hospitais do grupo de exercício com família era em média de 35 dias, enquanto o grupo que fazia exercícios apenas com acompanhamento médico ficava 40 dias ou mais internado.
Além disso, um teste de caminhada de seis minutos foi feito com os dois grupos - o grupo de controle andou 154 pés depois de receber a terapia, quanto o grupo acompanhado pela família andou 538 pés mais longe.
Os pacientes com AVC foram ajudados por membros da família a fazer exercícios para melhorar a função das pernas durante 35 minutos diariamente, sete dias por semana. Ao final de três meses, os pesquisadores avaliaram o resultado decorrente do tratamento e descobriram que o tempo em hospitais do grupo de exercício com família era em média de 35 dias, enquanto o grupo que fazia exercícios apenas com acompanhamento médico ficava 40 dias ou mais internado.
Além disso, um teste de caminhada de seis minutos foi feito com os dois grupos - o grupo de controle andou 154 pés depois de receber a terapia, quanto o grupo acompanhado pela família andou 538 pés mais longe.
Mais atividade física
Só de pensar em sair sozinho para fazer uma atividade física já dá aquela
preguiça. Porém, o cenário muda quando você pensa que pode praticar exercícios acompanhado.
Estudo feitos pela Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da
Síndrome Metabólica (ABESO) afirmam que a influencia da família é fundamental
para o incentivo à prática de atividade física.
Além disso, a personal trainer Camila Lopes Souza conta que os estímulos gerados pela parceria são diversos, como a possibilidade de conversar; a chance de praticar esportes coletivos ou danças em par com pessoas conhecidas; perder a vergonha entre desconhecidos na academia; e diversos outros benefícios. "Comprometendo-se com a família, também cria-se um incentivo mútuo para manter a frequência de atividade física", conta a personal.
Além disso, a personal trainer Camila Lopes Souza conta que os estímulos gerados pela parceria são diversos, como a possibilidade de conversar; a chance de praticar esportes coletivos ou danças em par com pessoas conhecidas; perder a vergonha entre desconhecidos na academia; e diversos outros benefícios. "Comprometendo-se com a família, também cria-se um incentivo mútuo para manter a frequência de atividade física", conta a personal.
Xô depressão!
Um estudo realizado pela Universidade de Vanderbilt, em Nashville, nos Estados
Unidos, revela que distúrbios emocionais como a depressão são,
em sua maioria, reflexos de valores transmitidos dos pais para os filhos ao
longo da vida.
Durante um ano, 100 crianças e adolescentes, com faixa etária entre cinco e 15 anos, foram observados por psicólogos. Ao final do estudo, os pesquisadores notaram que filhos de pais deprimidos têm maior dificuldade de se expressar, e a indiferença dos adultos deprimidos gera neles uma sensação de abandono emocional que faz com que as crianças tenham medo de se aproximar afetivamente dos pais.
O mesmo estudo comprovou que a reação contrária também é verdadeira: pais presentes que se comunicam e passam valores positivos tendem a deixar os filhos igualmente positivos, diminuindo as chances de doenças como depressão.
Durante um ano, 100 crianças e adolescentes, com faixa etária entre cinco e 15 anos, foram observados por psicólogos. Ao final do estudo, os pesquisadores notaram que filhos de pais deprimidos têm maior dificuldade de se expressar, e a indiferença dos adultos deprimidos gera neles uma sensação de abandono emocional que faz com que as crianças tenham medo de se aproximar afetivamente dos pais.
O mesmo estudo comprovou que a reação contrária também é verdadeira: pais presentes que se comunicam e passam valores positivos tendem a deixar os filhos igualmente positivos, diminuindo as chances de doenças como depressão.
Deixando o alcoolismo longe
"Na maioria das vezes, o adolescente bebe porque é influenciado por
algumas companhias ou porque tem uma família desestruturada", diz Luiz
Veiga, membro da Associação Brasileira para Estudos de Álcool e Drogas,
coordenador do Centro Nova Vida para tratamento de dependentes químicos, no
Pará.
De acordo com Luiz, pais que bebem na frente dos filhos fazem a criança pensar que esse comportamento é normal. "Os pais precisam estabelecer o diálogo com os filhos", diz o coordenador, que afirma conversar com os filhos sobre as experiências negativas que presencia no Centro. "Hoje eles têm medo de também se tornarem alcoólatras", conta.
De acordo com Luiz, pais que bebem na frente dos filhos fazem a criança pensar que esse comportamento é normal. "Os pais precisam estabelecer o diálogo com os filhos", diz o coordenador, que afirma conversar com os filhos sobre as experiências negativas que presencia no Centro. "Hoje eles têm medo de também se tornarem alcoólatras", conta.
Não ao tabagismo
Uma pesquisa publicada no New England Journal of Medicine comprovou que, quando
uma pessoa decide parar de fumar, acaba influenciando os amigos e a família a
fazer o mesmo.
Durante 32 anos, os cientistas acompanharam mais de 12 mil pessoas e constataram que o abandono do vício em grupos é prática recorrente. Entre casais, a estratégia alcança sucesso: em 67% dos casos, o companheiro parou de fumar. Nos outros casos, temos 43% dos amigos próximos ao fumante que também pararam; 34% no caso de colegas de trabalho e 25% quando o tabagismo afeta irmãos.
De acordo com os pesquisadores, quando uma pessoa larga o vício ela serve de inspiração, por isso quanto maior o vínculo afetivo e a convivência, maiores as chances desta decisão ser contagiante.
Durante 32 anos, os cientistas acompanharam mais de 12 mil pessoas e constataram que o abandono do vício em grupos é prática recorrente. Entre casais, a estratégia alcança sucesso: em 67% dos casos, o companheiro parou de fumar. Nos outros casos, temos 43% dos amigos próximos ao fumante que também pararam; 34% no caso de colegas de trabalho e 25% quando o tabagismo afeta irmãos.
De acordo com os pesquisadores, quando uma pessoa larga o vício ela serve de inspiração, por isso quanto maior o vínculo afetivo e a convivência, maiores as chances desta decisão ser contagiante.
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