Extraído de "O Ato Conjugal"
Autor(a): Tim e Bevery Lahye
Primeiramente, ao que parece, esse constante estado de contração torna-se acentuado durante o ato sexual. Segundo, o estímulo sexual parece produzir leves contrações reflexas nos músculos vaginais. Terceiro, muitos dos entendidos nesse assunto aconselham as mulheres a exercitarem conscientemente a contração muscular, um recurso que deverá ser utilizado durante o ato, como veremos mais adiante, com maiores detalhes. Por último, no clímax sexual, o pubo-coccígeo tem de quatro a dez contrações involuntárias, vigorosas e rítmicas, a intervalos de oitenta centésimos de segundo. (A sensação de alívio e relaxamento da tensão segue-se a esta explosão de contrações.)
As mulheres que não conseguem saber se contraíram ou não o pubo-coccígeo recebem orientação para fazê-lo, a princípio, apenas quando forem urinar. Aquelas que não tiverem muito senso da existência e localização dele, talvez precisem do auxílio do médico para aprenderem a exercitar-se.
No Instituto Americano de Relações Familiares ensina-se às mulheres a utilizarem essa habilidade de encolher o músculo duranto o ato, fazendo uma contração lenta mais firme. Aliás, é recomendável exercitar-se a contração, conscientemente, algumas vezes, antes da penetração do órgão masculino. Acredita-se que essa prática como que prepara o músculo para o reflexo automático que virá depois. E, ao que parece, isto ajuda a intensificar a tensão sexual, o que é altamente desejável, já que esta intensificação e o atingimento do ponto máximo é que desencadeiam o orgasmo...
Um dos mais importantes conceitos modernos, no que diz respeito ao sucesso no amor físico, é a participação feminina. Falando acerca disso, o Dr. Charles Layd, uma das principais autoridades no assunto, comenta que, em nossa sociedade, "as mulheres, muitas vezes incapazes de tomar a iniciativa do ato sexual, assumem um papel passivo durante a relação. E em muitas ocasiões, não experimentam um orgasmo bem definido. Nas sociedades em que existe uma instrução sexual, diz ele, "geralmente ocorre um grau mais elevado de agressividade na atividade sexual, com uma participação mais ativa por parte da mulher, com satisfação orgásmica mais completa e mais freqüente."
A ativação do pubo-coccígeo constitui um aspecto desta participação. Ela torna a vagina um agente, e não apenas um mero recipiente da ação.
Cerca de quarenta anos atrás, Van de Veld descreveu isso nos seguintes termos: "Toda a estrutura (dos órgãos femininos) aperfeiçoada pelo exercitamento... músculos... é um aparelho que deve comprimir e atritar o órgão masculino, durante sua introdução na vagina, e mesmo depois de introduzido, e, dessa forma, provocar a ejaculação do sêmen, no auge do excitamento, e, ao mesmo tempo, pela compressão e fricção, obter o orgasmo ou um pouco de prazer e êxtase sexual também para a mulher".
Como isso se incorpora ao ato sexual? Alguns relatórios indicam que isso ocorre simplesmente pela conscientização da existência desses músculos, e pelo fortalecimento deles. Segundo a Dr.a Hungerford: "No treinamento para o parto, ensinamos estes exercícios de contração com o objetivo de fortalecer o canal vaginal, e fazer com que se distenda mais facilmente, de modo a evitar maiores dores e lesões à parturiente. A princípio, quando ensinava os exercícios, eu não mencionava o valor deles para o ato sexual. Ensinava-os apenas como um auxílio para o parto.
"Mas algumas semanas depois de haver iniciado o treinamento, uma senhora chamou-me à porta, antes da aula, para dizer-me que, pela primeira vez, atingira o orgasmo durante o ato sexual. O mesmo fato repetiu-se várias vezes. Muitas senhoras crêem que esta foi a melhor coisa que aprenderam no curso, e relataram que ensinaram o exercício a outras mulheres, com os mesmo resultados.
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