Até a década de 90, o inimigo de nossas almas tinha uma estratégia para levar pessoas para o inferno, seu alvo eram as famílias desestruturadas. Talvez você não tenha a visão toda, observe a geração atual para compreender o passado.
Até a década de 90, homens e mulheres eram levados ao matadouro espiritual, incapazes de entender por que suas vidas eram miseráveis. Pais e mães aprisionados espiritualmente eram suas ferramentas prediletas.
Uma mulher, que sofreu na mão de uma mãe abusadora, que usava palavras pejorativas e surras constantes seria uma futura mãe atormentada, que não teria condições psicológicas de orientar filhos no caminho da verdade.
Um pai, que viu seu próprio pai adulterando e maltratando sua mãe, seria no futuro um adultero contumaz. Não teria condições de mostrar a figura amorosa de Deus.
Esse retrato era em sua grande maioria as famílias até a década de 90, com algumas exceções encontraríamos famílias estruturadas na criação de seus filhos.
Nasci numa família com essas características, por isso, atente para algumas coisas que aconteceram e suas consequências.
História de uma família desestruturada
Uma mulher casou-se para fugir de uma mãe abusiva e autoritária, infelizmente, buscou amparo num relacionamento que traria muitas consequências para os filhos. Entender todo esse processo, ajuda a não cometermos os mesmos erros.
Essa mulher não tinha uma imagem boa de si mesma, sua mãe fora capaz de destruir seu interior e criar fortalezas mentais. Resultado de anos de agressões físicas e psicológicas, deu-lhe a incapacidade de reagir a situações difíceis que a vida lhe apresentava. Diante de um casamento onde o marido era adultero trouxe sérios problemas para os filhos. Sua insegurança e falta de decisões, acabou vivendo uma vida atormentada e consequentemente levou para os filhos suas inseguranças, trazendo fortalezas mentais nos filhos como consequência.
Durante seus anos atormentados no casamento, incapaz de tomar uma decisão e refazer a própria vida, sobrecarregou a filha mais velha, equiparou sua filha a uma amiga que poderia ajuda-lá com seus problemas de adultos e ainda lhe incumbiu a tarefa de vigiar o marido para que ela não viesse passar por necessidades. Essa atitude, deu a menina a incapacidade de amar o pai por muito tempo, e muitas vezes, sentimentos de ódio foram sendo semeados em seus coração em relação a figura paterna. Sua infância foi constantemente bombardeada de medo e insegurança, isso causou uma dificuldade e fortalezas mentais, que no futuro, traria ao casamento dela a insegurança, ciúmes doentio em relação ao marido e dificuldade de reconhecer Deus como um pai amoroso após sua conversão à Cristo.
A segunda filha, tinha sérios problemas também, durante uma fase infantil, uma escola pediu à esses pais que tirassem a filha da escola e colocassem em uma escola especial, devido a seu temperamento e dificuldade de aprendizado.
O terceiro filho, nasceu durante outro relacionamento que o marido tinha, que também teve um filho na mesma época, competindo em igualdade com a mulher que estava no casamento. Período que foi marcado por muitas brigas, levando mais insegurança a filha mais velha. Que começou a ter crises de ansiedade aos sete anos de idade.
A quarta filha, nasceu e durante esse período, a mulher começou a ter crises mentais, onde os problemas foram se agravando. Durante todos esses anos seus filhos foram acoçados pela falta de decisão da mulher. Ambos marido e mulher poderiam ter mudado suas histórias e de seus filhos, mas a falta de decisão, tratamento psicológico e aproximação de uma fé embasada em Cristo trouxe várias consequências. Uma delas foi, o terceiro filho morrer jovem, aos dezesseis anos, incapaz de compreender porque o pai o abandonará para viver com outra mulher. (Neste momento, já era uma terceira mulher e um terceiro filho a nascer fora do casamento).
Esse é apenas o resumo de vários longos anos de dor, tragédia e fortalezas que Satanás colocou na mente dessas crianças que seus pais não perceberam, incapazes de administrar os próprios erros.
O que pais não devem fazer com seus filhos:
- Nunca coloque seu filho(a) para te ajudar em decisões que só você e seu cônjuge devem tomar;
- Nunca coloque seu filho(a) contra seu cônjuge, não alimente o coração de uma criança com seu ódio. Você deve ser responsável pelas suas próprias decisões, seu filho(a) não tem nada a ver com isso;
- Procure ajuda em outros adultos, seu filho(a) não tem condições psicológicas ou maturidade para lhe ajudar. Você só semeará rancor, insegurança, medo e ódio em seu filho;
- Nunca trate seu filho(a) como um igual, a criança não é uma amigo(a), confidente ou seu psicologo;
- Seu passado não deve interferir na criação de seus filhos, procure tratamento e coloque sua fé em Cristo, ELE é a única pessoa que pode te ajudar a superar traumas;
- Não tenha preferencia por filhos, seja igual com todos, trate todos de forma igual. E não diga que não tem preferencia, seu filho(a) jamais aceitará isso, porque o que ele(a) sente com seu tratamento é superior ao que você fala;
- Seu casamento é uma decisão que você tomou, seu filho(a) não tem nenhuma responsabilidade dessa decisão. Assuma seus problemas;
- Não coloque responsabilidade sobre seus filhos para obter conforto e ou sustento, o fato de sua história não ter tido um bom fim, não significa que você não é responsável pela proteção de seus filhos;
- A solidão é uma consequência que você escolheu, não coloque seus fardos para seus filhos carregarem depois de velho, entregue-os a Cristo; o que você deveria ter feito há muito tempo, somente ELE ter o poder de lhe oferecer ajuda.
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